Os iluminados e a Europa
Caiu que nem bomba. O não, Irlandês, ao tratado/acordo de Lisboa, foi uma calamidade que se abateu sobre a cabeça dos pensadores e estrategas da União Europeia. Que desgraça!
Afinal, depois de tanto esforço, tanto trabalho, tanta reunião, tanto ministro, tanto ministério, tantos especialistas em texto e em arquivo, tanta cerimónia, tanta pompa, tanta sabedoria,... Um "bando" de "ignorantes", e mal agradecidos, resolve tudo com uma penada e uma cruz.
Será justo, que tão poucos, possam determinar o destino de tantos? Será lícito agir desta forma tão "irresponsável"?
Como é que é possível, que um país, que todos acreditavam que tinha atingido um patamar de consciência e sabedoria, (veja-se o "milagre" Irlandês), deite por terra toda uma estratégia, preparada e congeminada ao pormenor, por pensadores insuspeitos, por governantes distintos e inteiramente empenhados no bem comum. Este é talvez, o maior terramoto político nas instituições europeias.
E agora? Faz-se o quê? Que estratégias, que justificações, que soluções poderá a actual "Presidência Europeia", delinear? Quem é que se distraiu, e deixou que o povo assim tomasse as rédeas da história?
Como é possível, todo este fracasso? Ou quem é que pode beneficiar desta orientação?
Quem vai ser responsabilizado por mais este retrocesso?
Na minha humilde ignorância, esta é uma grande lição de história, dada por um povo, a uma "elite" de pensadores, iluminados, bem falantes, bem pensantes, que só querem o bem dos outros, e nada mais!
Um crente que olhe para os dados todos, dirá:
— "Deus escreve direito por linhas tortas"
— Estavam à espera de quê? Então não se lembram das decisões/conclusões, imediatamente anteriores, à votação Irlandesa?
Bom, mas estou eu para aqui a falar de quê?
Estou a falar de história. Isso mesmo, de história. Não a do séc. XIX e XX, mas da histótia dos iluminados e vencedores da "crise económica do séc XXI". Então não fora anunciado na semana anterior mais uma conquista nos padrões de vida desta esplendorosa "Europa"? Então já se esqueceram que se venceu mais um marco nas relações de trabalho europeias. Ou já não é a sério, a conquista da jornada de trabalho de 65 horas?
_Então já nos esquecemos, que morreu gente a lutar pela jornada de trabalho de 48 horas?
Já nos esquecemos, que a relação social, as normas de segurança, a necessidade de tempo para o lazer e o consumo, levaram a que se instituísse a jornada de trabalho de 45 horas?
Então, e a semana-inglesa? Já não faz falta? Já nada disso se justifica? Então, quando os ideólogos sugeriram a semana de 36 horas, eram apenas irreverências de gente sem tino? Ou de mandriões?
Será que o maior desequilíbrio das sociedades actuais advém da falta de produtos, ou da falta de consumo?
Estão a querer aumentar a produção mundial. Muito bem. É necessário ajustar as relações de trabalho? Muito bem.
Então, e no fim? Quem é que vai consumir todos esses produtos novos que se irá produzir? E o desemprego? Quando é que o vão ter como um problema da actualidade?
Não seria bem mais útil, aumentar a produtividade pela via dos desempregados, tornando-os força produtiva, dando-lhes portanto indirectamente poder de compra?
Onde estão as chances para as novas gerações?
E se realizar-mos algum ajustamento nos custos de produção, reduzindo os vencimentos, exactamente no ponto em que podem dar maiores resultados, leia-se, no vencimento escandaloso de certos quadros? Isso já não é politica certa?
Ta bem, alguma contenção salarial, pode ajudar. Mas perguntará o macaco:
— E kédê osoutrosss? ???????? Sóó ieu??????? Sempri ieuuuuu??????
Isto cansa. Já não há pachorra para aturar tantos iluminados. Um dia destes acordam, e encontram o touro à porta. Estes iluminados esquecem que a gentalha sabe jogar todos os jogos. Se for caso de jogar o toca-e-foge, a gentalha joga o toca-e-foge. Se o jogo for a estátua, a gentalha joga a estátua. Mas se for preciso jogar o pau, acreditem que a gentalha também sabe jogar o pau.
Se há artes, em que a gentalha se especializou, foi na arte de levar paulada. Só precisam insinuar o que querem que a gentalha jogue, e nós jogamos. Depois não se venham queixar que a gentalha quebrou tudo, arruinou um processo negocial, produtivo e/ou evolutivo. Adoramos pagar tudo a quem nos faz bem.
Ironizando mais um pouco direi:
— Pobres sim, mas honrados nunca!!!!!
Quem anda a brincar com a gente, ou será a "gentalha", são os senhores ideólogos. Quem nos quer a trabalhar sol-a-sol, são os iluminados. Alguns deles começam a trabalhar às 10 horas da manhã, e acham que deveríamos estar por sua conta, até às 10 da noite. Claro que assim, só precisam de ir ao seu posto de trabalho, leia-se ponto de encontro, metade dos dias da semana.
Se tivermos a governar gente honrada e com vergonha, facilmente concluirá, que quem trabalhar 8 horas por dia, isto é, "trabalhar mesmo", não vai sentir necessidade de fazer horas extras, nem trabalho fora de horas. Com 8 horas de trabalho, dedicado e efectivo, produz-se imenso. E não haverá patrão que tenha prejuízo, se todos trabalhar-mos.
Mas, façam com que a orla de improdutivos, oportunistas e aldrabões, ganhem por aquilo que produziram. E verão que não há crises sociais, desacatos, bloqueios nem greves despropositadas. Mas vejam muito bem antes quem são os párias. Não nos atirem terra aos olhos.
Ou será que não enxergam mais longe do que o próprio umbigo?
Eles, os iluminados, já estão a trabalhar no revês, e vão arranjar um passe de magia, que nos faça dar a pirueta "tão necessária" ao bem comum. Qual lição de historia, qual quê? O que aconteceu foi uma distracção do "todo-poderoso".
Afinal, depois de tanto esforço, tanto trabalho, tanta reunião, tanto ministro, tanto ministério, tantos especialistas em texto e em arquivo, tanta cerimónia, tanta pompa, tanta sabedoria,... Um "bando" de "ignorantes", e mal agradecidos, resolve tudo com uma penada e uma cruz.
Será justo, que tão poucos, possam determinar o destino de tantos? Será lícito agir desta forma tão "irresponsável"?
Como é que é possível, que um país, que todos acreditavam que tinha atingido um patamar de consciência e sabedoria, (veja-se o "milagre" Irlandês), deite por terra toda uma estratégia, preparada e congeminada ao pormenor, por pensadores insuspeitos, por governantes distintos e inteiramente empenhados no bem comum. Este é talvez, o maior terramoto político nas instituições europeias.
E agora? Faz-se o quê? Que estratégias, que justificações, que soluções poderá a actual "Presidência Europeia", delinear? Quem é que se distraiu, e deixou que o povo assim tomasse as rédeas da história?
Como é possível, todo este fracasso? Ou quem é que pode beneficiar desta orientação?
Quem vai ser responsabilizado por mais este retrocesso?
Na minha humilde ignorância, esta é uma grande lição de história, dada por um povo, a uma "elite" de pensadores, iluminados, bem falantes, bem pensantes, que só querem o bem dos outros, e nada mais!
Um crente que olhe para os dados todos, dirá:
— "Deus escreve direito por linhas tortas"
— Estavam à espera de quê? Então não se lembram das decisões/conclusões, imediatamente anteriores, à votação Irlandesa?
Bom, mas estou eu para aqui a falar de quê?
Estou a falar de história. Isso mesmo, de história. Não a do séc. XIX e XX, mas da histótia dos iluminados e vencedores da "crise económica do séc XXI". Então não fora anunciado na semana anterior mais uma conquista nos padrões de vida desta esplendorosa "Europa"? Então já se esqueceram que se venceu mais um marco nas relações de trabalho europeias. Ou já não é a sério, a conquista da jornada de trabalho de 65 horas?
_Então já nos esquecemos, que morreu gente a lutar pela jornada de trabalho de 48 horas?
Já nos esquecemos, que a relação social, as normas de segurança, a necessidade de tempo para o lazer e o consumo, levaram a que se instituísse a jornada de trabalho de 45 horas?
Então, e a semana-inglesa? Já não faz falta? Já nada disso se justifica? Então, quando os ideólogos sugeriram a semana de 36 horas, eram apenas irreverências de gente sem tino? Ou de mandriões?
Será que o maior desequilíbrio das sociedades actuais advém da falta de produtos, ou da falta de consumo?
Estão a querer aumentar a produção mundial. Muito bem. É necessário ajustar as relações de trabalho? Muito bem.
Então, e no fim? Quem é que vai consumir todos esses produtos novos que se irá produzir? E o desemprego? Quando é que o vão ter como um problema da actualidade?
Não seria bem mais útil, aumentar a produtividade pela via dos desempregados, tornando-os força produtiva, dando-lhes portanto indirectamente poder de compra?
Onde estão as chances para as novas gerações?
E se realizar-mos algum ajustamento nos custos de produção, reduzindo os vencimentos, exactamente no ponto em que podem dar maiores resultados, leia-se, no vencimento escandaloso de certos quadros? Isso já não é politica certa?
Ta bem, alguma contenção salarial, pode ajudar. Mas perguntará o macaco:
— E kédê osoutrosss? ???????? Sóó ieu??????? Sempri ieuuuuu??????
Isto cansa. Já não há pachorra para aturar tantos iluminados. Um dia destes acordam, e encontram o touro à porta. Estes iluminados esquecem que a gentalha sabe jogar todos os jogos. Se for caso de jogar o toca-e-foge, a gentalha joga o toca-e-foge. Se o jogo for a estátua, a gentalha joga a estátua. Mas se for preciso jogar o pau, acreditem que a gentalha também sabe jogar o pau.
Se há artes, em que a gentalha se especializou, foi na arte de levar paulada. Só precisam insinuar o que querem que a gentalha jogue, e nós jogamos. Depois não se venham queixar que a gentalha quebrou tudo, arruinou um processo negocial, produtivo e/ou evolutivo. Adoramos pagar tudo a quem nos faz bem.
Ironizando mais um pouco direi:
— Pobres sim, mas honrados nunca!!!!!
Quem anda a brincar com a gente, ou será a "gentalha", são os senhores ideólogos. Quem nos quer a trabalhar sol-a-sol, são os iluminados. Alguns deles começam a trabalhar às 10 horas da manhã, e acham que deveríamos estar por sua conta, até às 10 da noite. Claro que assim, só precisam de ir ao seu posto de trabalho, leia-se ponto de encontro, metade dos dias da semana.
Se tivermos a governar gente honrada e com vergonha, facilmente concluirá, que quem trabalhar 8 horas por dia, isto é, "trabalhar mesmo", não vai sentir necessidade de fazer horas extras, nem trabalho fora de horas. Com 8 horas de trabalho, dedicado e efectivo, produz-se imenso. E não haverá patrão que tenha prejuízo, se todos trabalhar-mos.
Mas, façam com que a orla de improdutivos, oportunistas e aldrabões, ganhem por aquilo que produziram. E verão que não há crises sociais, desacatos, bloqueios nem greves despropositadas. Mas vejam muito bem antes quem são os párias. Não nos atirem terra aos olhos.
Ou será que não enxergam mais longe do que o próprio umbigo?
Eles, os iluminados, já estão a trabalhar no revês, e vão arranjar um passe de magia, que nos faça dar a pirueta "tão necessária" ao bem comum. Qual lição de historia, qual quê? O que aconteceu foi uma distracção do "todo-poderoso".
Viva o S. João!!!!!
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