Cotas? Para quem?
De tempos a tentos, quer queiramos quer não, a história repete-se. Umas vezes é fácil entender as razões das escolhas e respectivas justificações. Outras nem tanto. Às vezes basta um raciocínio imediato para percebermos porque nos vendem determinado “peixe”, outras há em que só uma boa reflexão nos poderá “libertar” do imbróglio que nos criaram. É mesmo necessário um exercício aprofundado para acalmar a nossa razão.
Vem isto a propósito de se dizer agora que este Governo está de facto a governar. Também concordo. Só que para min, está a receber apoios donde não se esperaria. Para a minha humilde, “sapiência”, algo está errado. Se não, sigam o meu raciocínio neste caso concreto. Está o Governo empenhado na melhoria do funcionamento do Sector Publico. Isso é bom. Fez, e tem anunciado, várias medidas nesse sentido e muitos concordaram.
Uma delas em particular tem a ver com o sistema de classificação de serviço dos funcionários públicos, que se tinha degradado na medida em que as diferentes chefias, nunca tiveram a coragem, nem a sabedoria necessária para levar à prática a diferenciação que sempre existiu entre pessoas. Gerir pessoas é de facto difícil. Então, apareceu um “Governo de Iluminados”, em 2004, que decidiu que o melhor era fixar cotas máximas de “Bom” e “Muito Bom”. (Dec. Reg. 19-A/2004 de 14 de Maio).
Isto me faz lembrar as cotas a aplicar ao numero de mulheres a ocupar lugares na política. Já que o respeito e a paridade, não aparecem naturalmente, obrigava-se por lei, as ditas, a entrarem, mesmo que para isso, mais tarde, fosse necessário aumentar o número de lugares para os ditos, “BOYS”.
Mas qual é afinal o problema perguntará o leitor? O problema é que o Governo, ao adoptar e a aplicar como boa, a ideia de uns quantos “iluminados”, está a aplicar a política do “mercador ladrão”, que ao contratar a compra de 100 escravos, garante logo ao “caçador”, que só irá pagar 25. É que, na sua perspectiva, dos 100 apenas um quarto, é que é de facto bom produto. Esse comportamento, não deixa de ser prepotente e maldoso. Só se aproveitam os “Bons”, leia-se fieis. O resto é tudo refugo, que só lhe vem trazer chatices e despesa, esquecendo que é do todo que se poderá obter a média. E é esse todo, que faz uma nação. Se a média está baixa, (leia-se fraca), então há que trabalhar para melhorar a média.
Primeiro, o Governo vem falar-nos da eficiência, da modernidade, do desenvolvimento e da produtividade de que o País carece, e depois contrata uns tantos “iluminados” para fazer aplicar a lei dos 25%. E quem vai classificar os “iluminados”? Isso não é importante? Será que o nosso País, tem tido realmente boas chefias? Ou será esse o verdadeiro problema, ou seja, a falta de chefias competentes? Porque será que no estrangeiro os Portugueses estão quase sempre entre os melhores?
Falando desta questão com um amigo, respondeu-me que no seu local de trabalho, decidiram que não tinham que ser os executores das “asneirolas”, do Governo. Mas aí, interroguei-me eu. Então como é que, aqui, dum momento para outro, encontro tantos apoiantes e executores das ideias e políticas do Governo? Ainda por cima, onde nunca vi qualquer “bandeira”, favorável ao actual partido da governação?
Para min só pode haver uma justificação. Afinal de contas, a oposição, aquela que se movimenta fora dos “corredores da política”, descobriu uma forma bem mais fácil de enterrar o Governo. Basta-lhes apoiar as piores iniciativas e esperar pelo resultado. O Governo afinal vai desgovernar. Os apoiantes ficam com a sua influência nas estruturas de decisão reforçada, não se comprometem porque estiveram apenas a cumprir ordens, continuam a ser os “verdadeiros defensores” da Pátria e fazem as classificações de serviço de modo a premiar aqueles que se lhes ajustam. Assim, tudo ficará bem “no Reino do Faz de Conta”.
Já agora, o meu apreço para aqueles que, sem esperarem pelo reconhecimento, sempre deram o melhor de si, dando créditos infinitos a este “jardim à-beira-mar” plantado. É claro que estou a falar de emigrantes, desejando aos nossos compatriotas no Canadá em especial, a melhor sorte, para as suas já difíceis vidas.
De tempos a tentos, quer queiramos quer não, a história repete-se. Umas vezes é fácil entender as razões das escolhas e respectivas justificações. Outras nem tanto. Às vezes basta um raciocínio imediato para percebermos porque nos vendem determinado “peixe”, outras há em que só uma boa reflexão nos poderá “libertar” do imbróglio que nos criaram. É mesmo necessário um exercício aprofundado para acalmar a nossa razão.
Vem isto a propósito de se dizer agora que este Governo está de facto a governar. Também concordo. Só que para min, está a receber apoios donde não se esperaria. Para a minha humilde, “sapiência”, algo está errado. Se não, sigam o meu raciocínio neste caso concreto. Está o Governo empenhado na melhoria do funcionamento do Sector Publico. Isso é bom. Fez, e tem anunciado, várias medidas nesse sentido e muitos concordaram.
Uma delas em particular tem a ver com o sistema de classificação de serviço dos funcionários públicos, que se tinha degradado na medida em que as diferentes chefias, nunca tiveram a coragem, nem a sabedoria necessária para levar à prática a diferenciação que sempre existiu entre pessoas. Gerir pessoas é de facto difícil. Então, apareceu um “Governo de Iluminados”, em 2004, que decidiu que o melhor era fixar cotas máximas de “Bom” e “Muito Bom”. (Dec. Reg. 19-A/2004 de 14 de Maio).
Isto me faz lembrar as cotas a aplicar ao numero de mulheres a ocupar lugares na política. Já que o respeito e a paridade, não aparecem naturalmente, obrigava-se por lei, as ditas, a entrarem, mesmo que para isso, mais tarde, fosse necessário aumentar o número de lugares para os ditos, “BOYS”.
Mas qual é afinal o problema perguntará o leitor? O problema é que o Governo, ao adoptar e a aplicar como boa, a ideia de uns quantos “iluminados”, está a aplicar a política do “mercador ladrão”, que ao contratar a compra de 100 escravos, garante logo ao “caçador”, que só irá pagar 25. É que, na sua perspectiva, dos 100 apenas um quarto, é que é de facto bom produto. Esse comportamento, não deixa de ser prepotente e maldoso. Só se aproveitam os “Bons”, leia-se fieis. O resto é tudo refugo, que só lhe vem trazer chatices e despesa, esquecendo que é do todo que se poderá obter a média. E é esse todo, que faz uma nação. Se a média está baixa, (leia-se fraca), então há que trabalhar para melhorar a média.
Primeiro, o Governo vem falar-nos da eficiência, da modernidade, do desenvolvimento e da produtividade de que o País carece, e depois contrata uns tantos “iluminados” para fazer aplicar a lei dos 25%. E quem vai classificar os “iluminados”? Isso não é importante? Será que o nosso País, tem tido realmente boas chefias? Ou será esse o verdadeiro problema, ou seja, a falta de chefias competentes? Porque será que no estrangeiro os Portugueses estão quase sempre entre os melhores?
Falando desta questão com um amigo, respondeu-me que no seu local de trabalho, decidiram que não tinham que ser os executores das “asneirolas”, do Governo. Mas aí, interroguei-me eu. Então como é que, aqui, dum momento para outro, encontro tantos apoiantes e executores das ideias e políticas do Governo? Ainda por cima, onde nunca vi qualquer “bandeira”, favorável ao actual partido da governação?
Para min só pode haver uma justificação. Afinal de contas, a oposição, aquela que se movimenta fora dos “corredores da política”, descobriu uma forma bem mais fácil de enterrar o Governo. Basta-lhes apoiar as piores iniciativas e esperar pelo resultado. O Governo afinal vai desgovernar. Os apoiantes ficam com a sua influência nas estruturas de decisão reforçada, não se comprometem porque estiveram apenas a cumprir ordens, continuam a ser os “verdadeiros defensores” da Pátria e fazem as classificações de serviço de modo a premiar aqueles que se lhes ajustam. Assim, tudo ficará bem “no Reino do Faz de Conta”.
Já agora, o meu apreço para aqueles que, sem esperarem pelo reconhecimento, sempre deram o melhor de si, dando créditos infinitos a este “jardim à-beira-mar” plantado. É claro que estou a falar de emigrantes, desejando aos nossos compatriotas no Canadá em especial, a melhor sorte, para as suas já difíceis vidas.
PS: Escrito em Abril de 2006
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