VAZIO LEGAL?
“...Espero que a “ciência”, consiga ser mais eficiente que a política e que a justiça, já que a moral, vai ter muito que esperar. Ou será que não?!!!!...”
Em meados do mês de Junho, li no JN acerca duma análise anti doping em que um ciclista estava a ser acusado de dopagem. O cientista abordado na defesa do atleta punha a hipótese de ele, atleta, estar a ser vítima do seu irmão gémeo. É que, segundo ele, se a sua gestação tivesse sido “gemelar”, mas não daquelas que segue o seu curso “normal” até ao fim, e o seu “gémeo”, tivesse sido “absorvido” enquanto embrião, o atleta, que nasceu sem “irmão(s) gémeo(s)”, teria adquirido um sistema imunológico complexo, que por sua vez pode falsear as análises, no formato em que estamos habituados a encará-las. Para além, disso, o cientista, assegurava que esse comportamento imunológico, poderia desaparecer pura e simplesmente. Essa ocorrência, impedia de se fazer a confirmação da “absorção” do seu “gémeo”. Ora, desta forma, o atleta não pode ver confirmada a sua inocência, dando a entender, que na dúvida se deve inocentar o acusado. Ainda assegurava o cientista, que 20 a 30 % das gravidezes ditas “normais”, começavam desta forma, (com gémeos), e terminavam com apenas um nascituro. Sendo que, nessa gestação, um feto havia absorvido o seu irmão.
O meu curto “entendimento”, até se tranquilizou!!! Isto permite justificar, porque é que alguns fetos apresentam no seu interior, vestígios ou porções de outros. Permite admitir, que quando a medicina se depara com casos de rejeição, dos próprios órgãos do paciente, a explicação pode estar nos efeitos duma “absorção”, ocorrida na sua gestação.
A confirmar-se este “fenómeno”, vários problemas vai ser necessário levantar. Uns de ordem legal, outros de ordem moral.
Sabemos, que os fundamentalistas da moral querem que a vida humana seja considerada logo no momento da concepção,... (ou será da fecundação)?
Sabemos também que querem actuação punitiva, para quem agir fora desta norma. Já não poderemos falar apenas em aborto. Teremos de encarar também o “canibalismo”. Portanto, e sendo verdade a constatação de que falei no início, vai ser necessário processar muita gente. Por ventura, terá que perguntar-se a todos os indivíduos que nasceram sem irmãos gémeos, se essa é a verdade. Será que não absorveram nenhum “irmão”?
Não creio que os números apontados pelos cientistas, para a situação que a noticia descrevia, se coadunem com a realidade do nascimento de gémeos, e já nem estou a fazer diferenciação entre gémeos verdadeiros e falsos, quando comparada com a taxa de natalidade. Estamos num momento muito sério! Há que investigar a verdade!!!! A moral e a justiça assim o exigem!!!
Para os legalistas, virá outro problema. Vai ser necessário apurar responsabilidades. Será que a mãe tomou bem conta “do(s) seu(s) filho(s)”? Como é que se permite que um seu filho, “coma”, algum dos outros seus filhos? Ou será que vamos cair, mais uma vez, num vazio legal?!!!
E a questão não menos importante da herança, como é que vai ser se este canibalismo existir e for até uma prática antiga? É o Estado que vai ficar com a herança dos deserdados? Ou será que vamos ter de instituir novamente as ordens religiosas, para guardar e bem gerir tanto património?
Será que a nossa história vai ter que rescrever-se? Deixará o primogénito de ser reconhecido na prática cultural da humanidade?
Eu fico a aguardar. Não quero que me acusem injustamente, só peço que me seja concedido julgamento justo. Em consciência, posso jurar que não fiz mal a alguém. Espero que a “ciência”, consiga ser mais eficiente que a política e que a justiça, já que a moral, vai ter muito que esperar. Ou será que não?!!!!
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