Não Posso Pagar Impostos: O Nelson irá ao supermercado e levará arroz sem pa...

Não Posso Pagar Impostos: O Nelson irá ao supermercado e levará arroz sem pa...: Ao meio-dia, nesta quarta feira, 4 de Dezembro, Nelson Arraiolos irá deslocar-se ao Pingo Doce do Rossio, Rua 1º Dezembro,67-83 - 1200-35...

Um saco de arroz

Caro Nelson

 Admiro a coragem com que enfrenta esta "pouca vergonha". Estamos cercados por "iluminados" que nos desgovernam para tirar proveito pessoal, dando ganhos a quem nos subtrai capacidade de trabalho e de sobrevivência. Os "iluminados" acham que são cidadãos com capacidades acima dos restantes. A única superioridade que de facto manifestam, é a de mentir, enganar, roubar, esconder e depois maltratar quem se lhes não submete em bajulação, subserviência e adoração!
 Agora insultam-nos com a desculpa de que andam a promover a "violência" e o "desacato". E no entanto violência, abuso de autoridade, desacato, desordem, é aquilo que praticam diariamente e sem vergonha! Mas os "desordeiros" somos nós, os que arcamos com as consequências. Que sentimos na pele diariamente o absurdo de andar a trabalhar repetindo muitas vezes tarefas, porque as ordens e instruções que recebemos foram dadas por gente incompetente e desprovida de saber profissional para que as rotinas se façam sem causar/agravar outros males. É este comportamento, (e nomeações relacionadas), que justifica também que a despesa do Estado tem aumentado, quando era imperioso que diminuísse.
 Dou-lhe o exemplo daquilo que se tem feito em universidades e aquilo que uns "iluminados" chamam de serviços partilhados. Estas iniciativas não foram mais do que um pretexto para dar lugares de "chefia" a alguns "desalmados", (e alguns dobraram o seu vencimento), que agora fazem a vida "negra" a muitos funcionários (que dessa forma acabaram concluindo que o "crime compensa").
 Este é um dos pontos de "fuga" criado por estes "arquitetos" que tomaram o poder para pagar favores, esquemas de vigilância e de terror psicológico, subserviências e crime de ofensas verbais continuados, sobre quem pacificamente quer servir o País com honra e dignidade! Usam para seus fins, o trabalho e os impostos deste "país".
 Isto é tão errado quanto as decisões de tribunais que ilibam corruptores e condenam os denunciantes, ou o policia que atua contra os ladões, (os quais já usam os menores para se protegerem), e depois os juízes metem na cadeia o polícia que cumpriu com a sua obrigação. Ou seja a proteção da propriedade e dos cidadãos cumpridores, e a sua própria segurança que todos os dias é ameaçada por delinquentes a quem a "justiça" protege!

 Agora deixe que me dirija aos "iluminados dos "serviços de vigilância", que se escondem e se entre-ajudam em sociedades secretas em todo o lado, prontos a dar paulada em tudo o que mexe.
 Nós não somos pela violência. Somos opositores firmes da violência. Violentos são vocês que nos querem matar à fome tornando-nos inadaptados e irrefletidos. Se nós, os espoliados somos "violentos" então o que chamam ao Papa Francisco? Leiam as suas palavras e parem de contar mentiras.
 E já agora vejam o que escrevi há algum tempo, (www.viagemaopoder.blogspot.com), e enviei ao Papa.  Digam-me onde está a violência! Não aceitaremos a vossa violência. Somos defensores da vida, da honestidade, e igualmente da justiça entre os homens. Detestamos gente violenta!

EF

Lampedusa

Sua Santidade Papa Francisco

00120 – Cidade do Vaticano

Sigo entristecido as lágrimas do Papa. As minha lágrimas também correm ao ver a falta de "pedras" no Mediterrâneo. As mesmas "pedras" que podem ter mantido Jesus ao caminhar nas águas, faltaram aos homens que acreditaram na Europa!

Mas o Papa vai precisar muito mais do que a força das "pedras" para reconstruir os Parlamentos, por esse mundo fora (especialmente na Europa), onde um bando de "mercenários" que tomaram o poder, roubam aos pobres para dar aos ricos; e trazem mais "pobres" para "dar aos ricos". Isto, se Deus aplicar a sua ira perante tão grande infâmia.

Mesmo sendo eu daqueles que se afastaram da Igreja por não acreditar nos seus actos e justiças, a mesma Igreja que Francisco tenta melhorar, não consigo compreender como é que a "Igreja" como símbolo de pobreza e de justiça, ainda não começou a derrubar os templos onde se instalou este demónio.

Tenho visto Francisco a tentar fazê-lo, sim, mas sinto que anda a lutar muito desamparado. Será que ainda posso ter esperança?

Cada vez que a morte "leva aos bandos" as vitimas da ganancia humana, do dinheiro e do poder, os homens de bem sempre choram. Sejam essas vitimas do Paquistão, da Coreia, da Birmânia, da Síria, do Iraque, do Egipto, da Tunísia, da Líbia, da Europa ou da América, eles choram. E não compreendem. Até porque, quando os "nossos pequenos tiranos", pedem desculpa aos generais Africanos e ao mesmo tempo roubam o sustento aos viúvos, isso mostra-nos até onde vai o poder do demónio. Nenhum homem de bem deveria ficar calado, mas fica! Seja para não perder o trabalho, o equilíbrio, ou até o sono. E sofre com a sua vergonha. É que estes "tiranos" até o tempo livre nos estão a tirar! Só para dar mais poder e dinheiro aos seus "amos".

Continuamos a calar, com medo dos desmandos dos "poderosos", das ofensas dos seus acólitos, das birras dos apoiantes, tentando apenas sobreviver, tal como fizeram os escravos, resistindo o melhor que sabiam à tirania dos seus tempos.

Eu que já não consigo ser "crente", ao ver estes comportamentos, receio pela sorte de Francisco tal como pela minha! Já nem os "velhos" nem os profissionais competentes eles respeitam.

Eduardo Ferreira

Portugal

eduardo.ferreira-94@clix.pt

Tarrafal, no património da resistência

Lendo o artigo de António Valdemar, “Tarrafal, no património da resistência” - Publico, Sex 8-11-13, pg 57; veio-me à memória, já que de “memórias” se fala, alguns pequenos factos (recentes ou não), de “vidinhas” como costumam ser consideradas por tantos e tantos “Iluminados”, as vidas de tantos cidadãos, que para eles, mesmo 2 MILHÔES valem menos que 18 (dezoito) iluminados, ou devo dizer especialistas, ou sobre-dotados, ou “cristianos ronaldos grisalhos”(?).

O primeiro iluminado que me veio à “tona”, não foi um certo putativo “Dr.”, que afinal nem tinha pago as propinas devidas, mas, um director de Jornal que tentou explicar-nos devagarinho, porque é que tínhamos de empobrecer, para refazer as contas do “Estado”. São mesmo uma “ceita” à parte. E porque é que me lembrei dele e dalgumas façanhas, “certas escutas noticiadas entre um (des)Governo e um certo apreciador de Bolo Rei”? É que entre este e os defensores do regime que construíram os citados campos de morte a que Portugal está ligado, e os actuais iluminados que nos (des)governam não vai assim tanta diferença. Tenho para mim que a maior diferença está apenas no calendário. Eles querem todos tão somente o nosso bem-estar. Nada mais. E por isso temos que recorrer à “memória” e a algumas das nossas memórias, para nos reequilibramos.

Deve ter sido por isso que recuei instintivamente a fins de 1973/1974. Eu, apenas um imberbe “inocente”, que nem sabia muito bem o que significava “liberdade, “democracia”, “independência”, “regime”, ... já tinha contacto com o medo do “saber”, e só compreendi mais tarde o que é perseguição politica. Isto fica na memória. Por isso recomendo que leiam o artigo citado e que meditem!

Lembrei-me doutra memória recente. Ou melhor, das lágrimas e do texto que escrevi na hora, para enviar ao Papa Francisco. Enviei por mail^* para o Vaticano mas não sei se o deixaram ler. Acredito que não, pois Ele é chamado a ajudar em tudo e não poderá certamente atender a tantas “urgências”, pelo menos em tempo útil. É que eu até simpatizo com a sua postura e reconfortou-me “a alma” saber que ainda há Homens de Bem. Este Papa vem dando à estrutura da Igreja, recomendações sobre aquilo que há muito deveriam ter deixado de fazer. Parece que a mensagem lhes está a chegar com dificuldade. É pena, pois acho que Francisco merece bem mais que alguns dos seus antecessores. Mas isso é outra “historia”.

O que mais recordei deste meu divagar, foram as lágrimas de Francisco e as minhas ao ver o tamanho do “cemitério”, em que foi transformado o Mediterrâneo mesmo às portas de Lampedusa. A “humanidade” só pode envergonhar-se por descer tão baixo na protecção dos poderosos. Sim, “poderosos”. Porque enfiar naqueles “comboios” de barcos, tal como o fizeram em tempos (outros “poderosos” que a história procura esquecer), só podem ser igualmente poderosos. E sem “alma”, tal como os outros o eram. O “demónio” voltou a tomar conta dos nossos tempos. Chorei e ainda choro de vergonha!

Pelo andar da carruagem, a actualidade vai tornar-se para nós Portugueses “de má memória”! Sinto o mesmo medo que senti em 1973/1974.

^* Isto passou-se antes da noticia dum certo Bispo vaidoso

Gito