A fisga no bolso de trás
Quando falo de, ou sobre atitudes, sou levado muitas vezes às minhas memórias. Desta vez, ao "falar" de "cobras", regressei ao tempo do Liceu. Ou melhor dito, ao tempo do mestre escola! No tempo em que havia "mestre escola" e da fisga no bolso de trás.
Aquela (não)noticia da caça à cobra fez-me recordar como bem cedo, no campo, tive que perder o medo de cobras. E dessa forma, cheguei a uma memória em que "cacei" uma "pequenina" cobra, que se aquecia nas ervas dum dos muros laterais da quinta onde estava inserido o Liceu de Barcelos, ou melhor dito, a quinta de Sá Carneiro em Barcelinhos, ou melhor ainda, a extensão do Liceu Nacional Sá de Miranda de Braga, em Barcelos. E do seu Reitor. Talvez o mestre escola!
Eram tempos em que se podia caçar, sem por em causa o equilíbrio entre espécies.
Na verdade eu ia para a escola com a fisga no bolso de trás, e caçava com ela nos intervalos, e no regresso a casa. E sempre que um "alvo se apresentava" suficientemente perto e desafiador o bastante, para merecer uma "fisgada". No entanto, nunca me diverti a atirar "fisgadas" aos vidros das janelas. Não eram desafiadores o suficiente.
Se caçar com fisga era só para alguns, construí-las e torna-las funcionais, dava muito gozo! Eram tempos em que faltava quase tudo. A começar pela falta de materiais de construção,... de fisgas. Só para os conseguir, já era necessário aguçar o engenho!
Foi aí que trauteei:
Levo a fisga no Bolso de trás,
E na sacola o caderno dos deveres.
Mestre escola eu sei lá se sou capaz,
De escolher o melhor dos dois saberes!
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Levo a fisga no Bolso de trás,
E na sacola o caderno dos deveres.
Mestre escola eu sei lá se sou capaz,
De escolher o melhor dos dois saberes!
Gito